terça-feira, 24 de julho de 2018


Revesti-vos da Armadura de Deus



A luta espiritual (6:10-13). Imagine acordando um dia e achando sua casa bem no meio de um campo de batalha. Com bombas explodindo ao seu redor, os disparos de metralhadoras e os gritos dos feridos, qual seria o seu primeiro pensamento? Se levantaria para ir ao serviço? Iria para a escola? Lavaria o carro? A sua primeira reação seria a sobrevivência sua e da sua família, não é?


Mesmo quando não percebemos a guerra ao nosso redor, isso não quer dizer que ela não exista. Em termos bem fortes, Paulo escreve que o mundo é um campo de batalha espiritual (6:12). Nós precisamos nos despertar para ver que a batalha é real!


Essa batalha não é guerra material, e sim espiritual. Então, como alguém pode sobreviver? Precisamos ser "fortalecidos no Senhor e na força do seu poder" (6:10) e devemos vestir "toda a armadura de Deus" (6:11,13).


A armadura de Deus (6:14-20):
O cinto (6:14). A verdade (a palavra de Deus Sveja João 17:17) precisa ser embrulhada ao centro do nosso ser para segurar todas as coisas. Sem o cinto da verdade, a armadura se desmancha.

A couraça (6:14). O coração é protegido pela justiça de Deus, que é revelada no evangelho (veja Romanos 1:17). O cristão que vive segundo o evangelho está protegendo seu coração do mal.

Os calçados (6:15). Quando convertido pelo evangelho da paz, o inimigo se torna aliado. Quando há mais aliados e menos inimigos, fica mais fácil vencer a batalha. Pregando o evangelho da paz salva vidas da destruição da batalha.

O escudo (6:16). A fé é o escudo do cristão contra "todos os dardos inflamados do Maligno".  Tudo pode ser vencido em Cristo (veja Filipenses 4:13), através da fé verdadeira que foi uma vez por todas entregue por ele (veja 4:4; Judas 3).

A espada (6:17). A única arma ofensiva que o cristão precisa é a palavra de Deus (veja Hebreus 4:12; João 12:48; Apocalipse 1:16; 19:15). Para ganhar uma batalha espiri-tual, temos que falar a palavra espiritual de Deus, e não a palavra carnal dos homens.


Temos que buscar continuamente nos revestir de toda a armadura espíritual para que posamos estar preparados para a guerra.


Paul Idni 


Louvado seja Deus 
   

segunda-feira, 23 de julho de 2018

                                                         
                     

                            SE FOR PARA DESISTIR,           DESISTA DE SER FRACO 




Como vai a sua vida? Como vai a sua família? Ainda que a nossa vida não esteja como a gente gostaria, não vamos desistir de viver. Vamos meditar no estudo de Habacuque 3.17 e tentar entender a sua mensagem para nossas vidas. Ainda que o nosso relacionamento familiar não esteja bom, não vamos desistir da família. Ainda que a nossa fé não esteja firme, não desistiremos de Deus! O Profeta Habacuque, um dos 12 profetas menores, provavelmente vivendo nos dias da invasão babilônica de Jerusalém, trata do sofrimento dos filhos de Deus e conclama a todos a permanecerem firmes na fé, a fim de que Deus possa lhes dar vitória (Habacuque 2:4 “… O justo viverá pela fé”). Façamos essa oração de Habacuque e declaremos a nossa fé e confiança em Deus e tudo vai mudar em nossa vida. Você crê?

I – AINDA QUE A FIGUEIRA NÃO FLORESÇA – HABACUQUE 3.17 estudo da parte 1

A figueira foi utilizada por Jesus para falar da esterilidade espiritual e falta de fé (Mt 21:19; Lc 13:6-9; Mc 11:13, 20-21). Ela simboliza a nossa vida espiritual que precisa estar viva e produzindo frutos todo o tempo, sob pena de secarmos, morrermos, sermos arrancados da terra. O profeta Habacuque, mesmo vendo a falta de fé do povo não perdia a esperança de que Deus poderia transformar aqueles corações.
Como vai a sua produção de frutos para Jesus? Saiba que “ainda que a sua figueira não esteja florescendo”, continue crendo e Deus vai honrar a sua fé. Ainda que você diga não ter fé para crer em Jesus e entregar a sua vida a Ele, Deus pode colocar fé em seu coração e fazê-lo feliz. Basta Você dizer sim para Jesus e convidá-Lo para entrar na sua vida! Quer fazer isso agora?

II – AINDA QUE FALHE O PRODUTO DA OLIVEIRA – HABACUQUE 3.17 estudo da parte 2

A oliveira era nativa na Palestina e muito comum ali, quando o povo de Israel entrou para tomar posse da terra prometida (Dt 6:11). O fruto da oliveira é a azeitona, de onde se produz o azeite que serve para a unção, entre outras utilidades. Um fato curioso é que a oliveira é uma das poucas árvores capaz de atingir séculos de vida sem nunca adoecer.
Daí a associação dela com a cura, a saúde a longevidade. Podemos dizer “ainda que falhe a saúde”, todavia podemos confiar em Deus, pois Ele pode curar todas as nossas enfermidades (Sl 103:1-5). Você está precisando de cura? Tem alguém da sua família que está enfermo? Vamos orar e pedir a Deus a cura? Deus pode curar também a nossa alma e nos dar a vida eterna por meio de Jesus.

III – AINDA QUE NOS CURRAIS NÃO HAJA GADO – HABACUQUE 3.17 estudo da parte final

Com a invasão do exército babilônico em Jerusalém, toda a criação de animais foi levada como despojo e o povo ficou em completa pobreza e miséria, passando fome. Não tinha mais gado, não tinha mais leite para as crianças e o desespero começava a tomar conta das famílias. Aí o Profeta Habacuque convida o povo a continuar crendo em Deus, ainda que nos currais não houvesse mais o gado”.
Tem gente que só busca a Deus nas dificuldades e, ao conquistar a bênção, se esquece de Deus. Outros só querem as bênção de Deus mas não querem o Deus da bênção. Qual é a sua situação? Você deseja buscar o Deus da bênção e ser abençoado por Ele? Você deseja servir ao Deus da bênção entregando a sua vida a Jesus?
CONCLUSÃO:
O Profeta, em sofrimento, declara a sua fé, dizendo que nada o faria abandonar a Deus. E ainda que viessem os problemas, todavia ele confiaria e se alegraria no Deus da sua salvação. E você, já fez do Senhor Jesus o Deus da sua salvação? Ainda que venham os problemas, declare a sua fé e confiança em Deus e você será um vencedor!
PAUL IDNI 
LOUVADO SEJA DEUS 

terça-feira, 10 de julho de 2018

As razões dos não-dizimistas



Referência: HEBREUS 7.1-10
A doutrina do dízimo é inaceitável para aqueles que ainda não tiveram uma experiência pessoal com Jesus Cristo. Isto porque não foram ainda marcados pela consciência da causa de Deus nem pela prioridade do Seu Reino.
No Novo Testamento a palavra DÍZIMO aparece 9 vezes e ligadas a duas situações:
1) Mt 23.23 = Partindo dos lábios de Jesus em relação aos fariseus. Jesus aqui reafirma a necessidade do dízimo, ao mesmo tempo que denuncia sua prática como demonstração de piedade exterior (Lc 18.12) – “Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.” Também Jesus denuncia a prática do dízimo como substituição de valores do Reino tais quais: justiça, misericórdia e fé (Lc 11.42).
2) Hb 7. 1-10 = Eis as lições desse texto: a) O Pai da fé deu dízimo de tudo – v. 2; b) O pai da fé deu o dízimo do melhor – v. 4; c) A entrega dos dízimos se deu não por pressão da lei, uma vez que o povo israelita ainda não existia e, portanto, muito menos a lei judaica – v. 6; d) Hebreus nos faz perceber e reconhecer a superioridade do valor do dízimo que é dado a Cristo (imortal) em relação ao dado aos sacerdotes (mortais) – v. 8; e) O autor destaca que os que administram os dízimos também devem ser dizimistas – v. 9.
Ser ou não ser dizimista é uma questão de acreditarmos na causa que abraçamos, na “pérola que encontramos.”
Hoje muitos crentes não são fiéis a Deus na entrega dos dízimos. Para justificar esta atitude criam vários justificativas e desculpas. Se dependessem deles a igreja fecharia as portas. Não existiria templos, nem pastores, nem missionários, nem bíblias distribuídas, nem assistência social.
Eis as justificativas clássicas dos não-dizimistas:
I. JUSTIFICATIVA TEOLÓGICA
Ah, eu não sou dizimista, porque DÍZIMO é da lei. E eu não estou debaixo da lei, mas sim da graça.
Sim! O dízimo é da lei, é antes da lei e é depois da lei. Ele foi sancionado por Cristo. Se é a graça que domina a nossa vida, porque ficamos sempre aquém da lei? Será que a graça não nos motiva a ir além da lei?
Veja: a lei dizia: Não matarás = EU PORÉM VOS DIGO AQUELE QUE ODIAR É RÉU DE JUÍZO
a lei dizia: Não adulterarás = EU PORÉM VOS DIGO QUALQUER QUE OLHAR COM INTENÇÃO IMPURA…
a lei dizia: Olho por olho, dente por dente = EU PORÉM VOS DIGO: SE ALGUÉM TE FERIR A FACE DIREITA, DÁ-LHE TAMBÉM A ESQUERDA.
A graça vai além da lei: porque só nesta questão do dízimo, ela ficaria aquém da lei? Esta, portanto, é uma justificativa infundada.
Mt 23.23 = justiça, misericórdia e fé também são da lei. Se você está desobrigado em relação ao dízimo por ser da lei, então você também está em relação a estas virtudes.
II. JUSTIFICATIVA SENTIMENTAL
Muitos dizem: A bíblia diz em II Co 9.7 “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” = espontânea e com alegria.
Só que este texto não fala de dízimo e sim de oferta. Dízimo é dívida. Não pagar dízimo é roubar de Deus.
Perguntamos também: O que estará acontecendo em nosso coração que não permite que não tenhamos alegria em dizimar? Em sustentar a Causa que abraçamos e defendemos?
III. JUSTIFICATIVA FINANCEIRA
“O que eu ganho não sobra ou mal dá para o meu sustento.
1) O dízimo não é sobra = Dízimo é primícias. “Honra ao Senhor com as primícias da tua renda.” Deus não é Deus de sobras, de restos. Ele exige o primeiro e o melhor.
2) Contribua conforme a tua renda para que a tua renda não seja conforme a tua contribuição = Deus é fiel. Ele jamais fez uma exigência que não pudéssemos cumprir. Ele disse que abriria as janelas dos céus e nos daria bênçãos sem medidas se fôssemos fiéis. Ele nos ordenou a fazer prova Dele nesta área. Ele promete abrir as janelas do céu! Ele promete repreender o devorador por nossa causa.
3) Se não formos fiéis, Deus não deixa sobrar = Ageu diz que o infiel recebe salário e o coloca num saco furado. Vaza tudo. Foge entre os dedos. Quando somos infiéis fechamos as janelas dos céu com as nossas próprias mãos e espalhamos o devorador sobre os nossos próprios bens.
IV. JUSTIFICATIVA ASSISTENCIAL
“Prefiro dar meu dízimo aos pobres. Prefiro eu mesmo administrar meu dízimo.
“ A Bíblia não nos autoriza a administrar por nossa conta os dízimos que são do Senhor. O dízimo não é nosso. Ele não nos pertence. Não temos o direito nem a permissão nem para retê-lo nem para administrá-lo.
A ordem é: TRAZEI TODOS OS DÍZIMOS À CASA DO TESOURO PARA QUE HAJA MANTIMENTO NA MINHA CASA. A casa do Tesouro é a congregação onde assistimos e somos alimentados.
Mas será que damos realmente os “nossos” dízimos aos pobres? Com que regularidade? Será uma boa atitude fazer caridade com a parte que não nos pertence?
V. JUSTIFICATIVA POLÍTICA
“Eu não entrego mais os meus dízimos, porque eles não estão sendo bem administrados.”
Não cabe a nós determinar e administrar do nosso jeito o dízimo do Senhor que entregamos. Se os dízimos não estão sendo bem administrados, os administradores darão conta a Deus. Não cabe a nós julgá-los mas sim Deus é quem julga. Cabe a nós sermos fiéis.
Não será também que esta atitude seja aquela do menino briguento, dono da bola, que a coloca debaixo do braço sempre que as coisas não ocorrem do seu jeito?
Deus mandou que eu trouxesse os dízimos, mas não me nomeou fiscal do dízimo.
VI. JUSTIFICATIVA MÍOPE
“A igreja é rica e não precisa do meu dízimo.”
Temos conhecimento das necessidades da igreja? Temos visão das possibilidades de investimento em prol do avanço da obra? Estamos com essa visão míope, estrábica, amarrando o avanço da obra de Deus, limitando a expansão do Evangelho?
AINDA, não entregamos o dízimo para a igreja. O dízimo não é da igreja. É DO SENHOR. Entregamo-lo ao Deus que é dono de todo ouro e de toda prata. Ele é rico. Ele não precisa de nada, mas exige fidelidade. Essa desculpa é a máscara da infidelidade.
VII. JUSTIFICATIVA CONTÁBIL
“Não tenho salário fixo e não sei o quanto ganho.”
Será que admitimos que somos maus administradores dos nossos recursos? Como sabemos se o nosso dinheiro dará para cobrir as despesas de casa no final do mês?
Não sabendo o valor exato do salário, será que o nosso dízimo é maior ou menor do que a estimativa? Porque ficamos sempre aquém da estimativa? Será auto-proteção? Será desinteresse?
VIII. JUSTIFICATIVA ECLESIOLÓGICA
“Não sou membro da igreja”
Acreditamos mesmo que os nossos deveres de cristãos iniciam-se com o Batismo e a Profissão de Fé ou com a inclusão do nosso nome num rol de membros?
Não será incoerência defendermos que os privilégios começam quando aceitamos a Cristo: (o perdão, a vida eterna) e os deveres só depois que nos tornamos membros da igreja? Somos menos responsáveis pelo crescimento do Reino de Deus só porque não somos membros da igreja?
CONCLUSÃO
É hora de abandonarmos nossas evasivas. É hora de darmos um basta às nossas desculpas infundadas. É hora de pararmos de tentar enganar a nós mesmos e convencer a Deus com as nossas justificativas.
É hora de sermos fiéis ao Deus fiel. É hora de sabermos que tudo é de Deus: nossa casa, nosso carro, nossas roupas, nossas jóias, nossos bens, nossa vida, nossa saúde, nossa família. TUDO É DELE. Somos apenas mordomos, administradores. Mordomos e não donos. Deus quer de nós obediência e não desculpas. Fidelidade e não evasivas.
Que atitude vamos tomar? Nosso coração está onde está o nosso tesouro. Se buscarmos em primeiro lugar o Reino de Deus, não vamos ter problemas com o dízimo. Amém.

Louvado seja Deus 

quarta-feira, 4 de julho de 2018

    


     Prosperando no Deserto




Zafenate-Panéia
Nome que Faraó deu a José quando o elevou em autoridade a uma posição só inferior à dele mesmo. (Gên 41:45) Para os que falavam hebraico, a pronúncia do nome evidentemente significava “Revelador de Coisas Ocultas”, mas para os egípcios talvez significasse: “O Deus Disse: Ele Viverá!”

O casamento de José – no Egito (Gn 41:45)


Introdução

Este breve relato busca informar ao leitor sobre o casamento do Patriarca José (do Egito), com uma gentia, filha de um sacerdote idólatra.
Através deste pequeno texto, o leitor poderá entender o porquê isto aconteceu, e também o fato  de haver um momento na história, em que o casamento de José passou a não ter mais nenhuma valia para o novo Faraó que se levantara – oprimindo assim o povo hebreu.
Este casamento é visto por alguns como um simbolismo entre a Igreja e Cristo, e por outros, como uma questão de providência Divina, para o povo de Deus, e um momento de fome e escassez de diversos recursos.
Mas no final deste relato, veremos que a Mão de Deus sempre esteve presente na história da humanidade! 

Texto I

Apresentação da Perícope 

“E o Faraó impôs a José o nome de Safanet-Fanec, e lhe deu como mulher Asenet, filha de Putifar, sacerdote de On[1] Gn 41:45

Na tradução de João Ferreira de Almeida, dispomos deste versículo no seguinte modo:

“E Faraó chamou a José de Zafenate-Panéia, e deu-lhe por mulher a Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om; e saiu José por toda a terra do Egito. (Gen 41:45 ACF)”

Conforme vimos, nas duas traduções, encontramos um versículo carregados de termos egípcios. Vamos analisar na tradução literal do texto hebraico, se existe alguma mudança significativa em relação ao que temos nas nossas bíblias:

Texto hebraico
Tradução literal
  WTT Genesis 41:45 וַיִּקְרָ֙א פַרְעֹ֣ה שֵׁם־יוֹסֵף֘ צָֽפְנַ֣ת פַּעְנֵחַ֒ וַיִּתֶּן־ל֣וֹ אֶת־אָֽסְנַ֗ת בַּת־פּ֥וֹטִי פֶ֛רַע כֹּהֵ֥ן אֹ֖ן לְאִשָּׁ֑ה וַיֵּצֵ֥א יוֹסֵ֖ף עַל־אֶ֥רֶץ מִצְרָֽיִם׃

E chamou o faraó o nome de José Zafenate-Paneia, e deu para ele a Asenate, a filha de Potífera, o sacerdote de Om, como mulher; e saiu José pela terra de o Egito. (Gn.41:45)

Como visto, não existe nenhuma palavra no hebraico, que pode tornar esta versículo enigmático, como o inesquecível Êxodo 4:24, entre outros.
Trata-se apenas da narrativa da união de um hebreu (que recebeu um nome egípcio – por questões culturais), com uma filha de um sacerdote egípcio, para formalizar a aliança entre estes dois povos.

Visões para este casamento

a) Há quem vê neste casamento, um simbolismo entre Jesus e a Igreja, ou seja, José tomou uma esposa gentia para si, no tempo em que ele esteve rejeitado pelos seus irmãos. Isto nos fala da formação da igreja, também neste período de rejeição de Jesus por parte dos judeus.
b) Porém eu prefiro ficar com a opinião de que o casamento de José foi por questões políticas e culturais da época, para que José pudesse exercer seu novo cargo (Governador do Egito) e ter pleno êxito em suas incumbências, semelhantemente como aconteceu com o rei Salomão, porém com José não houve um exagero de casamentos e uma poligamia desordenada.

Coloquei na nota de rodapé os nomes egípcios conforme apresentados pela Bíblia de Jerusalém, porém achei importante dar um melhor destaque a cada uma desta pessoas envolvidas na história do casamento de José:
Potífera – Foi um sacerdote da cidade de Om, no Egito Antigo. Seu nome significa aquele que Rá (deusa) deu. Foi pai de Azenate, a qual foi dada como esposa a José, quando este tornou-se homem de confiança de faraó. Foi ela quem acalmou José ao ver a ira contra seus dois irmãos, quando estes se reencontraram. Tiveram dois filhos: Manasses e Efraim
Om ou Heliópolis era uma cidade muito importante do ponto de vista religioso e político na época. O seu deus principal era o deus Rá, porém acredito que eles não tiveram dificuldades em aceitar também no seu panteão o Deus Hebreu (YHWH). Nada se fala se José passou a adorar outros deuses, assim como o rei Salomão fez, após seus inúmeros casamentos com mulheres estrangeiras e idólatras.

José viveu ainda cerca de 71 anos depois que sua família chegou ao Egito. Ali, os filhos de Israel cresceram e se multiplicaram muito.

Texto em hebraico
Tradução literal
  WTT Exodus 1:7 וּבְנֵ֣י יִשְׂרָאֵ֗ל פָּר֧וּ וַֽיִּשְׁרְצ֛וּ וַיִּרְבּ֥וּ וַיַּֽעַצְמ֖וּ בִּמְאֹ֣ד מְאֹ֑ד וַתִּמָּלֵ֥א הָאָ֖רֶץ אֹתָֽם׃ פ

E os filhos de Israel frutificaram, e fervilharam, e aumentaram, e se fortaleceram em muito muito; e se encheu a terra deles.

Isto nos mostra, que se não fosse pela vontade soberana de Deus, Israel nunca mais deixaria o Egito. Precisou então levantar um novo rei, que não conhecia José, e aflingir  o povo hebreu, para que eles pudessem se libertarem do Egito, em rumo a terra que YHWH havia prometido ao patriarca Abraão.


Texto II

Israel afligido no Egito 

Em meio a muitas discussões, há um consenso mais ou menos geral, de que os “hicsos”[2], ou rei pastores, governavam o Egito no tempo em que José ali chegou, tendo sido Apepi II, da XVI Dinastia, por volta do ano 1700 a.C., o Faraó que o colocou no poder.
Enquanto os hicsos governavam, os hebreus foram favorecidos no país. Porém, os hicsos foram expulsos pela XVIII Dinastia.
Com uma mudança tão radical de governo, surgiu um novo rei sobre o Egito, que não conhecera José.
Esta nova Dinastia, por certo, estava disposta a impedir que os hicsos voltassem ao poder. Temendo que houvesse uma tentativa nesse sentido e que “vindo a guerra”, os israelitas então muito numerosos, pudessem se juntar aos “nosssos inimigos e pelege contra nós” – (Ex: 1:10)., procuraram encontrar uma maneira de subjugar e enfraquecer o povo hebreu.
O fundador da XVIII Dinastia e que teria derrotado os hicsos, tem sido identificado como sendo o Faraó Amósis, antecessor de Amenotepe I, que escravizou o povo hebreu para enfraquecê-lo, o que mais tarde deu origem a conhecida história do Êxodo.[3]

Conclusão

Após o problema da fome e da escassez em Cannaã terem sido “resolvidos”, com a migração do povo hebreu para o Egito, o povo israelita passou a sentir-se em uma situação confortável, aderindo a cultura egípcia, e com a mais absoluta certeza, esquecendo do seu Único e Verdadeiro Deus.
Se os hebreus não tivessem sido oprimidos e escravizados no Egito, com certeza o plano de Deus (YHWH) de formar um povo particular – através da chama de Abraão, em Ur. dos Caldeus, teria sido frustrado, e Israel nunca teria sua independência como nação.
E o Messias!?
Simplesmente não teria vindo ao mundo, e satanás sairia vitorioso.
Afirmo aos leitores que quase que satanás venceu, mas, o Nosso Senhor é Soberano, e fez com que os hebreus saíssem do Egito, formassem uma nação particular, santa, perseguida, mas que nos trouxe o Redentor. 




[1] Nomes egípcios: Çofnat Paneah = “Deus disse está vivo”; Asnat = Pertencente à deusa Neith”; Potifera, o nome igual ao de Putifar, de 37 a 56 = “Dom de Rã” ( deus solar). O sogro de José é sacerdote de On = Heliópolis, centro do culto solar, cujos sacerdotes tinham um papel político importante. José aliou-se à mais alta nobreza do Egito. Mas esses tipos de nomes não são documentados antes das disnastias XX-XXI. Eles são o produto da erudição do autor. Fonte: Bíblia de Jerusalém p88 - Paulus
[2] Os hicsos (do egípcio heqa khasewet, "soberanos estrangeiros";"reis pastores") foram um povo asiático que invadiu a região oriental do Delta do Nilo durante a décima segunda dinastia do Egito, iniciando o Segundo Período Intermediário da história do Antigo Egito. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hicsos (acessada em 18/10).
[3] Merril, Eugene – História de Israel no Antigo Testamento.  P. 50  CPAD


LOUVADO SEJA DEUS 
PAUL IDNI




                                         ZAQUEU ENCONTROU A SALVAÇÃO


 

                                                                                          

A história da conversão de Zaqueu se passa em Jericó, uma cidade que ficava na província da Judéia, no vale do rio Jordão.
Jericó possuía uma vasta área verde com plantações de cereais.
Havia ainda muitas videiras, figueiras, tamareiras e palmeiras. Uma cidade onde várias muralhas foram derrubadas.
Podemos aprender lições muito valiosas, se nos atentarmos aos fatos descritos no texto do livro de Lucas 19:1-10.
OS PUBLICANOS
Durante a dominação de Roma sobre a Judéia, a sociedade era dividida em várias classes, dentre estas, os publicanos eram, de uma forma geral, os responsáveis pela cobrança e arrecadação de taxas, tributos e impostos.
"E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando. E eis que havia ali um homem chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos, e era rico."
Lucas 19:1-2
Os publicanos sofriam um repúdio muito forte dos fariseus. Muitos publicanos cobravam mais impostos do que deveriam, praticando extorsão. Enriqueciam ilicitamente. Eram considerados traidores, gatunos e ladrões. Este ódio se estendia a suas famílias também.
zaqueu sobe no sicomoroZaqueu sobe no Sicômoro para ver Jesus

Os publicanos eram impedidos de participar do templo e expulsos das sinagogas. Apontados por onde passavam, isolados dos seus compatriotas, eram contados como vis pecadores.
ZAQUEU E SUA VIDA
Zaqueu como todo bom judeu, foi ensinado no caminho da lei de Moisés e dos profetas. Zaqueu foi apresentado no templo, foi circuncidado e participou das festas e ordenanças que o judaísmo previa.
A verdadeira religião era o maior preceito na vida de um judeu. Muitos profetas no passado, expressaram o júbilo e a alegria de servir a Deus corretamente.
Porém Zaqueu começou a notar que o judaísmo já não era o mesmo. Estava corrompido. O templo estava cheio de comerciantes salteadores. Os fariseus andavam muito bem trajados, porém com o coração cheio de rapina e perversidade. Jesus mesmo, já os havia chamado de sepulcros caiados.
Os ensinamentos de Moisés e dos profetas eram profanados. Os principais sacerdotes eram corruptos homicidas. Os cegos e coxos eram jogados a própria sorte. O cuidado da viúva e do órfão era negligenciado. O povo era manipulado pelo sinédrio. A hipocrisia tomava conta da nação.
Assim Zaqueu também se corrompia, pensou na riqueza e no luxo. Aliou-se a Roma tornando-se um publicano.
O PAI BUSCA OS VERDADEIROS ADORADORES 

Entretanto, Zaqueu conhecia a palavra de Deus. No íntimo do seu coração, ele sentia a falta da comunhão perfeita e agradável com o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. E ele demonstra isso quando procura ver quem era Jesus.
"E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. E, correndo adiante, subiu a um sicômoro bravo para o ver; porque havia de passar por ali." Lucas 19:3-4
"E quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa" Lucas 19:3-5
Quando o ser humano toma a atitude mínima de ver quem é Deus, verdadeiramente em seu coração, é o próprio homem quem acaba por ser encontrado.
Zaqueu para ver Jesus, teve que superar obstáculos de cunho pessoal, "era de pequena estatura" e obstáculos de cunho circunstancial, a multidão.
Veja que Zaqueu utiliza de estratégias para se por à frente da multidão. Ele calcula por onde Jesus passaria. Para superar a multidão, ele "corre", ou seja, ele emprega suas energias. Isso nos ensina que por vezes, para superarmos dificuldades, é necessário empreender um certo esforço.
Outro fato que vale destacar é que Zaqueu sobe em um sicômoro, um tipo de figueira brava. A figueira brava era uma árvore que dava um fruto de qualidade inferior, mas que por fim, acabou servindo para que ele pudesse encontrar com Jesus.
Isso também nos mostra que as coisas que muitas vezes parecem sem muito valor, podem ser usadas por Deus, para nos projetar a situações de vitórias. Deus utiliza das pequenas coisas para confundir as grandes. Deus usa os fracos para confundir os fortes.
zaqueu o publicanoZaqueu Hoje me Convém Pousar em Sua Casa

Apesar da mumuração dos fariseus, Jesus mais uma vez estende a sua mão de amor e misericórdia e opera, um dos maiores milagres de seu ministério. Claro, não houve cura nesse dia, mas houve algo maior que a cura física. A cura física é temporária, enquanto que a cura espiritual, isto é, a salvação do homem é eterna, para todo o sempre!
Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido." Lucas 19:10




A CONVERSÃO DE ZAQUEU
Outra característica que a conversão de Zaqueu ensina, é que quando há arrependimento de pecados, há também mudança de atitude.
Quando uma pessoa verdadeiramente se arrepende, há uma busca por mudar e transformar a sua vida. Mesmo com tantas riquezas, prazeres carnais à disposição, o luxo e nada disso pôde preencher o vazio que havia no coração de Zaqueu.
Quando recebeu o dom da Salvação, com seu coração cheio de alegria, ele mudou o seu ser.
"E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado." Lucas 19:8-9
A devolução de quatro vezes o valor defraudado, está em conformidade com a lei que previa esta restituição.
"Se alguém furtar boi ou ovelha, e o degolar ou vender, por um boi pagará cinco bois, e pela ovelha quatro ovelhas." Êxodo 22:1
Aqueles que reconhecem a Jesus, como senhor e salvador, são transformados em seu caráter. Tornam-se em "ex-alguma coisa". Mesmo que não se tenha praticado algum pecado tido como "grave", se alguém abre o coração pra Cristo, então este alguém tem que ser um "ex-alguma coisa".
Pode ser um "ex-angustiado". Pode ser um "ex-mau marido". Ou um "ex- mau filho". Pode ser também um "ex-mau pai", quem sabe pode ser uma infinidade de situações.
Temos todos a oportunidade e o convite de Jesus para melhorar a nossa conduta moral na família, no trabalho, na escola, na igreja e em qualquer ambiente social que estivermos.
Fica a lição final, da necessidade de reflexão e arrependimento diário em nossas vidas.
PAUL IDNI 
LOUVADO SEJA DEUS 


                                              HÁ MORTE NA PANELA  “Depois Eliseu voltou para Gilgal. Nesse tempo a fome assolava a região. ...