terça-feira, 24 de outubro de 2017

                                            CLAME AO REI JESUS 

E os que iam passando repreendiam-no para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!
Lucas 18:39
Na antiguidade, Jericó era uma cidade da orla oriental de Gor, à distancia de 10 quilômetros do rio Jordão. Foi a primeira cidade conquistada pelos israelitas sob o comando de Josué. Achava-se protegida por muralhas e portas de grande resistência (Js 2.5 e Nm 22:1). Foi em Jericó estabelecida uma escola de profetas, sendo visitada por Elias e Eliseu (2Rs 2.4-18). Atualmente, Jericó é um montículo de três hectares chamado de Tell es-Sultão, localizado ao lado de abundante manancial conhecido como Fonte de Eliseu.

Jesus e os discípulos passavam por Jericó, quando de repente, ouvem o clamor: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!”. Era o cego mendigo, que perspicazmente toma conhecimento do que acontece na cidade, naquele dia, hora e local. Seu nome? Bartimeu. Filho de Timeu. Em aramaico: Bar-teymah, "filho da pobreza". Eis um homem estigmatizado pela miséria, preconceito e toda sorte de infortúnios. Certamente, cresceu ouvindo as histórias sobre Jericó: De como Deus levou os israelitas a conquistá-la, das maravilhas operadas pelo Senhor dos Exércitos através das vidas de Elias e Eliseu.

O grito de Bartimeu era convicto, fervoroso, ele tinha conhecimento do Messias e acreditava ser aquela, uma grande oportunidade de mudança. A única, a maior oportunidade da vida! De modo, que não vacilou na investida por sensibilizar Jesus: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!”. A resposta do mundo a seu apelo é o impedimento: “E muitos o repreendiam, para que se calasse, mas ele cada vez gritava mais” Mc 10:48. A resposta de Jesus, é voltar-se para o cego e perguntar: “Que queres que eu te faça?” .

A Capa e O Jovem Rico

Pouco antes de encontrar Bartimeu, Jesus e os discípulos haviam conversado com um jovem muito rico, “dono de muitas propriedades” Mc 10:22 e que dizia cumprir  fielmente os 10 mandamentos. Convidado a renunciar a riqueza material e seguir Jesus, “retira-se de Sua presença: Triste e contrariado.”

Bartimeu era tão pobre que seu bem mais valioso era sua capa. Com ela, ele se protegia do sol, da chuva, escondia o rosto por vergonha, medo e desprezo. Uma capa velha e suja que também estendia ao chão para atirarem sobre ela as ofertas. A capa de Bartimeu, ao mesmo tempo que era representação de pobreza, também era sua riqueza.

“Parou Jesus e disse: Chamai-o. Chamaram então, o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, Ele te chama. Lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus” Mc 9:49,50.

Filho de Timeu

Sem identidade. O cego mendigo não tinha identidade. Todos o conheciam como: “Bartimeu ou filho de Timeu, filho da pobreza”. Não sabemos se o nome era de batismo ou herança social, o certo é que representava um estado, uma condição imposta, pela própria família ou sociedade. Uma sociedade, que acreditava ser impossível a transformação, a passagem de um estado de derrota, para a vitória.

O cálice e a humildade

É também em Jericó, a caminho do encontro com Bartimeu que Jesus ensina aos discípulos: “Quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do homem, não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” Mc 10:44-45

É incrível como todo o capítulo 10 de Marcos está organizado: temos Jesus e os discípulos em Jericó, encontrando um jovem rico que renuncia a Salvação por amor aos bens. Os filhos de Zebedeu pedindo para assentar-se a direita e esquerda de Jesus na glória dos céus e o cego mendigo que em toda sorte de limitação, se mostra maior e mais digno de receber o Reino no coração do que todos os outros que são descritos em Jericó.

Lições em Jericó

“Então disse Jesus: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada afora” Mc 10:52

Bartimeu que vivia “à beira do caminho” Mc 10:46 agora passaria a ser discípulo de Jesus, estrada afora. Seu caminho já não era de morte, mas de vida. Enxergando, de novas vestes, aparência, renovado em ânimo e modo de falar, Bartimeu ganhara fama nacional! Ele nos ensina a não desperdiçar oportunidades, não se calar diante dos obstáculos, mas insistir, persistir na vitória. Aprendo com Bartimeu que é importante identificar o momento oportuno e investir na ocasião.

Ao largar sua capa e levantar-se em direção a Jesus, ele nos ensina o desprendimento ao mundo, tradições, imposições sociais. Ensina que fazer escolhas corretas implica em ter fé e arrepender-se. O jovem rico, perdeu a grande oportunidade de sua vida! E era considerado por todos, como homem influente e importante. Porém, o Reino de Deus, não considera aparência, mas essência. Interior e não exterior.

A história do cego de Jericó, nos ensina que existe sim possibilidade de mudança para toda e qualquer pessoa, nada é impossível para Deus. Ensina, o valor de um clamor, a necessidade da oração. Também, a simplicidade da fé. A oração feita por ele foi curta, mas tão intensa que alcançou o coração de Jesus. O encontro de Jesus com Bartimeu, ensina, entre tantas coisas, que milagres acontecem todos os dias, em lugares comuns. Aquele, parecia ser um dia como outro qualquer, até que: Jesus aparece! Quanta diferença entre: um dia sem Jesus e um dia com Ele!

louvado seja Deus 

Paul Idni

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Significado de Deuteronômio 28

Estudo da palavra de Deus



 AS BENÇÃOS DO SENHOR SÃO REVOGADAS 


Deuteronômio 28

28.1-9 — Estas passagens enfatizam repetidamente a responsabilidade que os israelitas tinham de obedecer, embora Israel não tivesse obtido a salvação por meio da obediência. Deus já havia escolhido salvar os israelitas da escravidão e torná-los Seu povo. Ele prometera ser seu Deus e dar-lhes Canaã.

Mas, Deus impôs uma condição para que os hebreus recebessem todas as ricas bênçãos na terra (Is 48.17- 19): se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos. Caso os israelitas satisfizessem esta condição, o Senhor, Deus deles, os exaltaria. As bênçãos divinas viriam sobre eles e os alcançariam. Elas seriam a fonte do contentamento das pessoas (SI 23.6). O vigor do Senhor se expressaria em todos os domínios da vida: na cidade e no campo (v. 3), na descendência do homem e dos animais (v. 4), na preparação da comida (v. 5) e nas viagens (v. 6). Além disso, o Senhor lhes garantia vitória sobre os inimigos (v. 7) e celeiros fartos (v. 8).

28.10,11 — Terão temor de ti. As nações veriam a presença de Deus e Suas bênçãos sobre Seu povo e temeriam por causa da grandeza do Senhor. Isso está expresso na sentença e todos os povos da terra verão que és chamado pelo nome do Senhor. Neste caso, o nome Yahweh é usado para Deus, o que indica a relação singular do Senhor com os israelitas. Ele lhes revelou Seu glorioso nome.

28.12 — Deus daria aos israelitas Seu bom tesouro que havia guardado para eles. O povo receberia as bênçãos do Senhor exclusivamente por causa de Sua graça, entre as quais estava a chuva. Os cananeus acreditavam que Baal era aquele que ofertava o orvalho e a chuva (1 Rs 17. 1). Entretanto, Deus assegurou a Israel que Ele controlava os céus e faria com que suas terras fossem fecundas (SI 104.3,13). Além disso, a bênção de Deus sobre Seu povo seria tão vigorosa que esta nação se tornaria a líder de todas as outras, afirmação que se configura na declaração emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás emprestado.

28.13 — A expressão porá por cabeça e não por cauda indica que Israel seria elevada a um lugar de honra entre as nações.

28.14 — Não te desviarás [... ] nem para a direita nem para a esquerda. Visto que somente Deus era a fonte da bênção, os israelitas teriam de segui-lo em busca da felicidade. Eles não poderiam olhar para outra direção senão para o alto.

28.15-19 — Se não deres ouvidos à voz do Senhor. O cumprimento das promessas de Deus de plenitude de bênçãos dependia da obediência de Seu povo. Suas maldições eram punições certeiras para a desobediência.

28.20 — O Senhor mandará sobre ti a maldição, a turbação e a perdição. A maldição divina levaria o povo ao desespero, pois afetaria todas as atividades humanas e as resumiria a nada (SI 112.10), como indica a afirmação em tudo que puseres a tua mão. A fertilidade que acompanharia as abundantes bênçãos de Deus desapareceria.

28.21,22 — O termo pestilência se refere às devastações das pragas e às doenças contagiosas. As enfermidades não são facilmente identificadas, mas têm em comum a febre ou a inflamação de órgãos do corpo (tísica, quentura etc).

28.23,24 — Bronze e ferro representam a severidade da ira de Deus na recusa da chuva a Seu povo (Lv 26.19).

28.25,26 — O teu cadáver. A ideia dos pássaros comendo a carne dos mortos era particularmente repugnante nos tempos antigos. A ausência de um sepultamento adequado se configurava como uma total desconsideração com aquele que morreu (1 Sm 31.11-13).

28.27,28 — As úlceras do Egito, doenças que Deus infligiu aos egípcios por intermédio de Moisés (Ex 9.10), agora poderiam recair sobre os israelitas por sua desobediência. Mas, se os hebreus obedecessem às leis do Senhor, Ele os livraria de tal infortúnio (Ex 15.26).

Além disso, Deus puniria o povo com hemorroidas (1 Sm 5.6,12) e com sarna. Esta doença de pele não só causava aflição, como também fazia com que a pessoa ficasse impura e imprópria para a adoração a Deus (Nm 5.1-4)- O Todo-poderoso também feriria Israel com loucura e com pasmo do coração. Talvez estes sintomas indicassem o estado avançado de um doente com sífilis.

28.29-34 — Desposar-te-ás com uma mulher... edificarás uma casa... plantarás uma vinha. Os importantes acontecimentos da vida não poderiam ser desfrutados por causa de desastres e guerras. Da mesma forma, as posses (teu boi) e os filhos dos israelitas seriam retirados deles, e não haveria poder para recuperar o que fosse perdido.

28.35 — A expressão úlceras malignas faz referência às doenças de pele semelhantes às que experimentou Jó (Jó 2.7).

28.37-43 — As maldições que recairiam sobre os israelitas pela desobediência eram inversamente proporcionais às bênçãos que eles receberiam caso ouvissem a voz de Deus. Quanto à repugnância aos hebreus apontada nas expressões por pasmo, por ditado e por fábula, compare-a com a honra prometida no versículo 13. Trace um paralelo da maldição tu mui baixo descerás com a promessa do versículo 13, em que o povo de Israel seria exaltado. Neste caso, ele também poderia ser rebaixado.

28.44-47 — Os desastres seriam um sinal para lembrar ao povo sua desobediência. A resposta esperada dos israelitas, relativa à bondade de Deus, era servir ao Senhor com alegria, pela abundância de tudo. A ausência dessa resposta acarretaria a ira divina.

28.48 — Jugo de ferro é um termo que denota servidão e escravidão.

28.49-51 — Nestes versículos, a nação inimiga é comparada a uma águia, que mergulha para atacar violentamente sua presa 0r 48.40; Os 8.1). O inimigo não mostraria compaixão pelas pessoas; não atentaria para o rosto do velho, nem se [apiedaria] do moço.

28.52-57 — No cerco e no aperto. Moisés advertiu antecipadamente o povo das terríveis aflições dos sítios (2 Rs 6.24-31; Lm 2.20;4.10). Os horrores do cerco, da fome e da privação fariam com que as pessoas se comportassem de maneira que, em outra situação, sequer poderiam imaginar. Um exemplo disso é a sentença comerás o fruto do teu ventre, a carne de teus filhos e de tuas filhas. Nada pode ser comparado ao horror de uma mãe se alimentando de seus próprios filhos.

28.58 — As palavras traduzidas do hebraico como glorioso e terrível significam, juntas, irresistivelmente pavoroso. O nome do Senhor inspirava admiração e medo porque Ele demonstrara em inúmeras ocasiões o Seu poder, como no Egito e no deserto. A expressão o Senhor, teu Deus reuniu a comoção majestosa de Deus e o Seu cuidado pessoal com o povo.

28.59-68 — Os versículos seguintes são um resumo de todas as maldições decorrentes da desobediência de Israel. Muitas são inversões das bênçãos dos versículos 1-14. Outras são pragas das quais os israelitas foram poupados durante o êxodo (v. 60,61). A trágica reversão do divino plano libertador de Israel é apresentada na declaração e o Senhor te fará voltar ao Egito. Deus resgatara os hebreus da servidão, mas também poderia mandá-los de volta aos egípcios em sujeição.

Louvado Seja Deus

Paul Idni

terça-feira, 10 de outubro de 2017

                        Jesus o único Mestre 



“E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam dizendo: De onde lhe vêm essas coisas? E que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos?” (Mc 6.2).

“Nunca homem algum falou como este homem”. Com essa frase dois servidores testemunharam acerca do impacto dos ensinos de Jesus sobre seus alunos. A clareza, autoridade e originalidade com que o Mestre de Nazaré ensinava encantavam até os seus adversários e lhe renderam o título de maior Mestre de todos os tempos. Nos dias de Jesus, Sócrates, o grande mestre grego, já havia passado por aqui; Moisés, o grande legislador de Israel também; Esdras, o mestre do pós-cativeiro também – sem falar de outros grandes nomes como Platão, Aristóteles, etc.; mas foi do homem de Nazaré que alguém comentou: NUNCA HOMEM ALGUM FALOU ASSIM COMO ESTE HOMEM. Só prara se ter uma ideia mais clara do reconhecimento do magistério deste homem, das 90 vezes que alguém se dirige a Ele, em 60 Ele é cahamado de Mestre

Ensinar era algo  que estava no âmago de sua missão de Jesus, tanto que a maior parte do seu ministério foi ocupada pelo ensino. Ele deu uma importância e dimensão ao ministério do ensino como ninguém já houvera feito. Ele começou seu ministério ensinando (Mt 4.5), passou seus últimos dias entre os homens ensinando (Jo caps 14;15;16) e a sua última comissão á igreja foi: “Ide e ensinai” (Mt 28.19,20). ! Era impossível ouvi-lo e ficar indiferente ou inerte. Os que o ouviam, ou o amavam profundamente ou o odiavam com ódio cruel, isso porque ele quebrou os paradigmas de sua época. Em uma ocasião, após ouvirem um de seus discursos, muitos dos seus discípulos o abandonaram dizendo: "Duro é este discurso; quem o pode ouvir?" (Jo 6.60). João tem o cuidado de registrar que a partir daquele momento, muitos de seus discípulos tornaram para trás e já não andavam com ele (Jo 6.66). Mas qual o grande diferencial do Mestre de Nazaré? Que predicados o consagraram como o maior de todos os tempos? Vejamos alguns.

1. Jesus ensinava com autoridade . É comum, em um texto dissertativo, para ser convincente, alguém usar “argumento de autoridade”. Por exemplo, se queremos defender uma tese de cunho científico, citamos as palavras de um grande cientista; se a tese é de cunho religioso, citamos um grande religioso; se é de cunho econômico, citamos um grande economista, e daí por diante. Os mestres de Israel, a fim de endossar seus ensinos, citavam as tradições e a autoridade destas para apoiar seus argumentos e interpretações. Outrossim, citavam Moisés cuja autoridade impunha respeito sobre o povo. Afinal de contas, até o momento, nunca havia se levantado em Israel um profeta ou legislador da envergadura de Moisés. Por isso era comum se ouvir “assim como escreveu Moisés” ou “como nos ensinou Moisés”. Dessa sorte, a autoridade que calcava o discurso pertencia ás tradições ou àquele que era citado. De repente aparece Jesus com uma forma argumentativa centrada nele próprio, dizendo “ouviste o que foi dito... eu, porém, vos digo” (Mt 5.21,22,27,28, 31-34, 38,39, 43, 44). Essa forma inédita de argumentar causou espanto nos ouvintes de Jesus. A autoridade em que ele alicerçava seu ensino era nele mesmo, não nos antigos. O Mestre não precisava citar outras fontes, pois ele mesmo era a Palavra de Deus e o Verbo vivo. Por isso que Lucas observa que a multidão se maravilhava de seus ensinos, porque ele ensinava com autoridade, e não como os escribas e fariseus (Mt 7.29).

2. Jesus ensinava em todos os lugares, a todas as pessoas. Ninguém era tão sábio ou indouto que pudesse ser dispensado dos ensinos de Jesus. Ele lecionou para um mestre de Israel chamado Nicodemos (Jo 3.1-21); como também lecionou para uma mulher simples de Samaria (Jo 4.1-30). Ele ensinava a grandes multidões (Mc 6.34), a pequenos grupos e também individualmente (Lc 24.27; Jo caps 3 e 4). Em todos os lugares, eis o incansável Mestre ensinando: nas sinagogas (Mc 6.2), em casas particulares (Mc 2.1; Lc 5.17), no templo (Mc 12.35) e nas aldeias (Mc 6.6). Para ser aluno de Cristo, bastava está em seu caminho em qualquer lugar onde Ele estivesse.

3. Usava e abusava dos mais variados métodos de ensino. O Mestre se valeu de vários métodos pedagógicos, de acordo com a capacidade cognitiva de seus ouvintes a fim de comunicar com eficiência. Ele realmente criava condições favoráveis ao aprendizado de seus alunos, adaptando a lição ao aluno, não ao contrário. Ele analisava as condições psicológicas das pessoas, atentava para suas necessidades, interesses problemas pessoais e, a partir daí, mostrava caminhos e meios. Vejamos alguns métodos usados por Jesus.

a) Método expositivo (Mt 5.1,2; Lc 4.22).
b)Método socrático (Mt 22.42-45; ver Mt 13.51; 22.20; Mc 13.2; Lc 10.26).
c) Método de discussão (Lc 24.15-27,32; ver At 17.3,17; 18.4).
d) Método audiovisual (Mt 6.26, 28; Mc 12.15,16).
e) O método narrativo (Mt caps 13, 25; Lc caps 10, 15).
f) O método de leitura (Lc 4.16).
g) O método demonstrativo (ver Jo 13.15; At 1.1).
4. Jesus era pertinente. Ser pertinente significa ser próprio, concernente, adequado. Jesus arrebatava as multidões, porque ele tinha uma mensagem que satisfazia a necessidade espiritual das pessoas. Ele tinha um método eficientíssimo de comunicar sua mensagem. Ele tinha uma vida que endossava a sua mensagem. Então o seu sucesso devia-se a junção destes três elementos: uma mensagem (que ensina e satisfaz), um método (que comunica) e uma vida (que conserva). Uma vez o Mestre disse aos seus discípulos: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu fiz, façais vós também” (Jo 13.15). Em outra oportunidade advertiu-os: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Mais tarde, o escritor aos hebreus traduz a coerência entre os ensinos de Jesus e a sua vida exemplar ao dizer: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa se compadecer de nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15); e “... naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados” (Hb 2.18). Por isso que até mesmo os que não gostavam de Jesus voltavam dizendo: Nunca homem algum falou como este homem(Jo 7.46).

5. Ilustrava sua mensagem com belas parábolas. O termo parábola (do grego parabole) significa, etimologicamente, colocar uma coisa do lado da outra, a fim de comparar. Segundo a hermenêutica bíblica, parábola é uma narrativa alegórica constituída de personagens, coisas, incidentes e atitudes que, através de comparações, facilita a compreensão de realidade que se acham além do nosso entendimento.

Dos vários métodos usados pelo Senhor Jesus, a fim de favorecer a compreensão, sem dúvida o que se sobressaiu foi o método narrativo, que consiste em se contar histórias do cotidiano para ilustrar verdades que, de outra forma, seria de muito difícil compreensão. Dessa forma, as parábolas foram um recurso didático abundantemente usado pelo Mestre de Nazaré. Jesus era um excelente contador de histórias. Suas parábolas até hoje são apreciadas por leitores de todo o mundo, tanto adultos como crianças. Dentre as mais conhecidas, temos a Parábola do bom samaritano (Lc 10), da ovelha perdida (Lc 15), das dez virgens (Mt 25), do filho pródigo (Lc 15). Além de que, Jesus era um exímio observador. Tudo em seu campo de visão podia ser usado como objeto ilustrativo para comunicar seu pensamento.

Ao ensinar verdades profundas por meio de parábolas, Jesus tinha objetivos bem definido: Ele queria esclarecer o Reino de Deus aos pequeninos e ocultá-lo daqueles que, julgando-se mestres, recusavam a sua doutrina. Em certa ocasião, ele mesmo disse: “Por isso vos falo por parábolas, porque eles [os religiosos de Israel], vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem compreendem” (Mt 13.13). Aliás, essa atitude do Mestre já havia sido predita pelo profeta Isaías (Is 6.9,10). Achamos por bem transcrever abaixo o comentário preciso do pastor Ezequias Soares a respeito do assunto em apreço.

“Nem todos os que seguiam a Jesus estavam preocupados com o Reino de Deus e muito menos interessados em aprender. O propósito do Mestre era atrair os verdadeiros interessados por sua mensagem, pois, não entendendo, iam pedir-lhe explicações (Mt 13.10). Como toda a Palavra de Deus, as parábolas do Senhor Jesus eram como espadas de dois gumes. Se por um lado explicavam os mistérios do Reino de Deus aos pequenos e humildes (Lc 10.21), por outro, ocultava esses mesmos mistérios aos sábios e inteligentes. Se quisermos aprender os mistérios do Reino de Deus, devemos nos prostrar aos pés do Mestre divino e, assim, em profunda humildade, guardar seu ensinamentos em nosso coração”.

6. O ensino de Jesus era prático e desafiador. Ao proferir seus magistrais ensinamentos, Jesus não tinha como objetivo embevecer seus ouvintes com a sua incrível sabedoria ou encher-lhes o coração e a mente com princípios impraticáveis, absolutamente não, ele tencionava transformar-lhes a vida através da prática de tudo o que ele ensinava. Em certa ocasião, uma mulher ficou tão maravilhada com as palavras do Mestre que exclamou: “Bendito o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste!” (Jo 11.27). Jesus, porém, a corrige, dizendo: “Antes, bendito os que ouvem a Palavra de Deus e as guarda” (Jo 11.28).

O Mestre foi muito pertinente em encerrar o Sermão do Monte com a parábola dos dois construtores. Ele queria advertir a multidão sobre o fato de que de nada adiantaria ouvi-lo, maravilhar-se de sua doutrina e em seguida lançar para trás tudo o que fora aprendido. Assim ele apresenta a figura do insensato, o qual ouve, mas não se dá ao trabalho de praticar, este é o que edifica na areia, cuja construção não resiste às intempéries da vida. Da mesma forma, o Senhor apresenta a figura o homem prudente, o qual, não só ouve, mas pratica o que ouviu, este é comparado ao homem que edificou sobre a rocha, cuja construção resistiu firmemente contra as tempestades. Tiago, mais tarde, aconselharia aos irmãos: “E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos” (Tg 1.22).



Já li muitos dos grandes mestre, pensadores de projeção universal que mudaram culturas e  influenciaram sociedades inteiras; todavia, ao compará-los a Jesus, só me resta fazer uso das palavras dos servos do sacerdote, citadas no início do texto: “Nunca homem algum falou como este homem”. Sinceramente, não tem "pra" ninguém.



Louvado seja Deus 

 Paul Idni 

terça-feira, 3 de outubro de 2017

                  

                  A oração do rei Ezequias






A oração do rei Ezequias, diante da gravidade de sua enfermidade, nos estimula a falar com Deus nos momentos de nossas crises e tribulações, e com certeza Deus responderá à oração de um justo como a Bíblia diz: "A oração de um justo pode muito em seus efeitos". Saber que estamos íntegros e retos diante de Deus e algo muito importante. (Justificados). O rei Ezequias tinha esta convicção. Ele disse ao Senhor em oração: Ah, Senhor! Suplico-te lembrar de que andei diante de ti em verdade, com o coração perfeito, e fiz o que era bom aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo (II Rs 20:3). Isto é muito importante em nossas orações. Ezequias orou confiando na justiça divina mais sabia também que era um filho de Deus. Todos nós hoje podemos fazer a mesma oração quando estamos confiando no que a Bíblia diz a nosso respeito. Estar justificado mediante Cristo Jesus o nosso Senhor e estar em paz com Deus. Isto nos garante o livre acesso e também a certeza de que seremos atendidos por Deus naquilo que pedimos. E Ele, certamente responderá nossas orações quando estas estiverem de acordo com a sua soberana vontade. A oração de Ezequias beneficiou não somente ele mais também aqueles que estavam em seu redor. Quando oramos sabemos com certeza que o Senhor abençoará seu povo. Este é um dos excelentes motivos para se ter uma vida de oração. Veja a seguir alguns pontos positivos desta oração do rei Ezequias:

1- O Senhor nosso Deus mudou a história de Ezequias: Volta, e dize a Ezequias, capitão do meu povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que eu te sararei; ao terceiro dia subirás à casa do Senhor (II Rs 20:5). Quem sabe você precisa de uma mudança repentina como esta em sua vida ou de sua família etc. Clame ao Senhor agora mesmo; sabendo que Deus não resiste ao coração quebrantado e contrito.

2- O senhor lhe deu mais anos de vida e paz: E acrescentarei aos teus dias quinze anos, e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e ampararei esta cidade por amor de mim, e por amor de Davi, meu servo (II Rs 20:6). Esta é uma das palavras mais lindas que vemos com relação à Ezequias. Entendemos aqui o amor de Deus pelos seus filhos. Amor tal é este que se torna capaz de aumentar nossos anos de vida e de paz (Pv 3.2; Pv 10.27).

3- Agora vem a parte em que aqueles que estão ao nosso redor também são abençoados: E acrescentarei aos teus dias quinze anos, e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e ampararei esta cidade por amor de mim, e por amor de Davi, meu servo (II Rs 20:6). Sabendo que Deus não nos abandona devemos sempre orar pela nossa família e também para todos os homens. Muitos centralizam em si mesmo, mais a vontade de Deus é que todos se salvem. Aqui vemos que não somente o rei Ezequias mais toda a casa de Israel experimentou a benevolência de Deus por causa de homem que resolveu orar e invocar a misericórdia de Deus. Vá nesta sua força por que Deus é contigo.Saiba que não há impossíveis para Ele.

Nos mais irmãos fortalecei-vos no Senhor e na força de seu poder, assim como diz Paulo. Ore sempre no espírito sem nunca esmorecer. Pois não há oração que fique sem uma resposta.

louvado seja Deus 


Paul Idni

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

                                                       


                                                        A FONTE INESGOTÁVEL 
                                                                       JESUS 



Tiago 3.11-12
Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?
Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.

Assim é a nossa vida!
Desde o momento que aceitamos a Jesus, nela só deve jorrar um tipo de água, a doce! A água que vai engrandecer o nome do nosso Deus, água limpa, sem resíduo algum, agua que pode ser usada para lavar, limpar e matar a sede de todos quando sentirem sede!
Já a água imprópria para uso qual é o seu fim? Se no mundo natural não tem serventia, imagine no mundo espiritual!
No momento em que eu escrevia essa postagem, me veio a passagem de (Êx 15.22-23)
Que fala dos israelitas que durante três dias caminharam no deserto de Sur, e lá não acharam água, e de lá foram para Mara e não puderam matar a sua sede pois sua água era amarga. Foi preciso Deus jogar uma árvore naquelas águas para que elas se tornassem doces.
Deus falou alguma coisa ao seu coração? Pois ao meu falou muiiito.
O lugar Mara só recebeu esse nome por que não tinha água boa para se beber.
Trazendo para o mundo espiritual, ENTRE nessa passagem, imagine você sedento da palavra de Deus ,e encontrasse alguém por ex: que uma hora louva a Deus com a sua vida, com os seus lábios e outra hora ao diabo, e no mesmo instante, uma pessoa que tivesse uma postura certa diante de Deus, a quem você recorreria? Certamente a segunda opção.
Não que Deus não possa usar a primeira, porque Deus usa quem ele quer, mas tendo você essa opção com certeza essa seria sua escolha.
A palavra de Deus diz em Mateus 6:24 e eu vejo que tem tudo haver com essa palavra assim: Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
Não tem que haver mistura, ou é doce ou amarga!
Sei que para alguns posso está parecendo radical, pensam nada haver isso...esquecendo-se que, através do que parece bom, pode está um grande mal, e o inimigo de nossas almas tem agido aí, nas coisas embutidas, no nada haver!
Penso que temos a responsabilidade, a missão de sermos exemplos nesta terra. Sei que perfeitos não seremos, somente no céu, e se alguém chega a esse nível, Deus leva pra si (Gn 5.24). Estamos vivendo os últimos momentos da igreja, ainda há tempo de mudar, aproveite a oportunidade que Deus tem te dado a cada dia, seja prudente, Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.(Mt 25.13)

louvado seja Deus 

Paul Idni 

                                              HÁ MORTE NA PANELA  “Depois Eliseu voltou para Gilgal. Nesse tempo a fome assolava a região. ...